- Sara Brautigam, de 21 anos, tem contatos regulares com a morte e, apenas em um ano, foi declarada clinicamente morta 36 vezes
Há quatro anos, ela foi diagnosticada com Síndrome de Taquicardia Postural Ortostática (POTS), uma condição que faz com que o coração pare de bater.
Ela experimenta palpitações rápidas que causam, regularmente, a interrupção de seu coração e sua pressão arterial chega a cair ao ponto de médicos registrarem como morta.
Este vídeo incrível, a seguir, mostra o momento em que a jovem torna-se clinicamente morta, um minuto antes de ser trazida de volta à consciência pela equipe médica.
O vídeo alarmante foi gravado há três anos, com o consentimento de Brautigam, que teve como objetivo divulgar sua condição. “Na realidade, esse foi um ataque leve. Como você pode ver, o meu ritmo cardíaco é muito alto. Quando o coração se enche de sangue novo é quando ele começa a bater novamente”, disse.
Brautigam ainda comentou que, aproximadamente aos três minutos do vídeo, quando começam a dar-lhe oxigênio e aplicar cânulas, é o momento que ela “morre”. “Eu não posso receber oxigênio, pois prolonga o ataque.
No vídeo, é mostrado o momento anterior de eu ser diagnosticada corretamente, o que deixa os médicos em pânico. É por isso que é possível ver eles me dando oxigênio. Na verdade, é apenas um caso de me deixar lá e rezar", acrescentou.
O vídeo foi filmado por médicos que avaliaram-na no Hospital Geral do Norte, em Sheffield, South Yorkshire, Inglaterra, em 27 de Junho de 2012. Brautigam, de Doncaster, disse que cada vez que seu coração para de bater, os médicos têm de infligir dor a ela, para trazê-la de volta a vida. “A maior parte do tempo eu vou acordar com grandes hematomas”, contou.
Ela também sofre de Síndrome de Hipermobilidade Articular, o que significa que suas articulações são mais propensas a lesões e luxações. Os dois problemas combinados resultaram em sua visita ao hospital por 64 vezes em um ano. "Quando eu ainda fazia canoagem, eu tive um ataque no barco e quando cheguei em terra, comecei a gritar por ter deslocado meu ombro e lesionado minhas costas enquanto estava desmaiada”, relatou. Mas ela diz que ela está determinada a não deixar as condições de saúde impedi-la de fazer o que gosta, e agora está tentando ganhar a vida como uma performer burlesca.
Ela também conta sobre como é passar por essas experiências de quase morte: "Dizem que quando você morre, a sua audição é a última coisa a existir. É o que tem sido a minha experiência.
Depois de um ataque eu acordo e meu peito fica dolorido. Também fico muito cansada. Me perguntam bastante sobre o que vejo, e não há nenhuma luz brilhante. Tudo só fica preto. Você ainda pode ouvir coisas e há uma voz na minha cabeça que ainda está ativa e consciente, tentando se comunicar com os que me rodeiam”.
Ela foi proibida de praticar esportes, o que também interrompeu seu sonhos de se juntar à Marinha. Atividades, como conseguir um emprego ou simplesmente dirigir, foram afetadas pela doença.
“Todos os meus sonhos desabaram, eu não posso nem trabalhar em horas definidas, porque eu precisaria de um trabalho flexível. Quando me disseram que eu não poderia dirigir, era como se tudo estivesse sendo tirado de mim. Eu perdi um monte de amigos, na verdade eu só tenho um amigo da escola. Todos pareciam estar muito ocupados com suas próprias vidas para se preocuparem comigo, quando eu fui diagnosticada”, finalizou Brautigam.