Mohimanul Alam Bhuiya, em junho de 2014, aos 25 anos de idade, resolveu abandonar os estudos em uma das universidades mais prestigiadas do mundo, a Universidade Columbia, nos Estados Unidos, para se juntar ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).
No entanto, em outubro do mesmo ano, apenas quatro meses depois, ele mandou um e-mail ao FBI pedindo ajuda para voltar da Síria, dizendo que estava “farto deste mal” e que queria voltar para sua antiga vida no Brooklyn. O FBI não foi resgatá-lo, mas ele conseguiu escapar e votar aos Estados Unidos, onde foi prontamente detido e agora terá de enfrentar 25 anos de prisão.
De acordo com informações do Washington Post, ele teria dito as autoridades federais que tinha ido a Síria para se juntar ao ISIS, mas logo se arrependeu de sua decisão. Os documentos de seu caso não tinham sido revelados até o mês passado.
“Eu sou um americano que está tentando voltar da Síria para casa”, ele teria escrito, de acordo com documentos oficiais. “Tudo que eu quero é essa extradição, exoneração completa depois disso. Quero ter tudo de volta ao normal para mim e minha família […] Por favor, me ajudem a chegar em casa […] Estou farto deste mal”.
A medida que o FBI tentava verificar sua identidade, ele conseguiu escapar e chegar à Turquia. De lá, conseguiu voltar aos EUA, onde foi prontamente preso e acusado de fornecer apoio material e receber treinamento militar do Estado Islâmico. Ele se declarou culpado de todas as acusações, e como consequência disso, foi sentenciado a 25 anos de prisão.
Antes de entrar para a organização, o rapaz tinha um futuro brilhante pela frente. Ele frequentou por um semestre aulas de Estudos Gerais, na Universidade Columbia, membro da Ivy League, em Nova York. Ao abandonar os estudos ele começou a trabalhar como motorista de táxi.
“Eu sempre quis ser alguém extraordinário e inacreditável, alguém que as pessoas pudessem se espelhar e admirar, assim como Superman e Batman”, escreveu ele em um ensaio para um jornal escolar, enquanto cursava o ensino médio em uma escola no Brooklyn.
Em 2014, já na Síria, ele pediu para dos soldados do ISIS para não o mandar a linha de frente. Ele chegou a dizer-lhes que não queria lutar, mas que poderia ser útil de outras maneiras. No entanto, logo ficou chocado com a “sede de sangue” dos combatentes, que se gabavam de ser terroristas, e ainda mantinha presas meninas escravas. “Não era o islã que eu cresci e conhecia”, disse ele em uma entrevista à NBC. “Você poderia ver a loucura em seus olhos”, salientou.
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