O momento é todo das impressoras 3D. Diversas ideias arquitetônicas que envolvem esse tipo de tecnologia têm tomado conta do ramo da construção civil. Como por exemplo, a empresa WinSun New Materials, que está investindo no mercado de construção de casas na China utilizando o método da impressão 3D. Até mesmo a NASA já demonstrou ter planos de construir edificações na Lua utilizando a tecnologia.
Sendo assim, o arquiteto belga Vincent Callebaut, propôs a construção de uma cidade submarina na orla do Rio de Janeiro utilizando o método de impressão 3D, e a ideia é mais inovadora ainda: os arranha-céus submarinos seriam construídos a partir do “algoplast”, uma mistura feita a partir do lixo plástico recolhido do Oceano e algas.
Segundo estimam os cientistas, é provável que os oceanos recebam cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. Grande parte desses dejetos são acumulados em regiões específicas, graças ao movimento circular das correntes marítimas.
Segundo pesquisadores e ambientalistas, a questão do lixo é um grande problema ainda sem solução. Porém, o arquiteto apresentou a sua ideia como uma provável saída, ainda que um pouco utópica.
O custo das ecovilas, chamadas por ele de Aequorea (uma espécie água-viva), está estimado em 2 mil euros por metro quadrado e, segundo sites especializados em arquitetura, para o projeto sair do papel, seriam necessários singelos R$ 11 bilhões.
Basicamente, as ecovilas poderiam abrigar até 20 mil pessoas, seriam autossuficientes e não gerariam impactos ambientais. Suas estruturas desceriam até o fundo do oceano, projetando prédios de 250 andares em até um quilômetro de extensão.
O oxigênio seria provido por dutos que chegariam até a superfície, o lixo seria reciclado com o auxílio de algas e a água potável seria produzida através do processo de dessalinização da água vinda dos oceanos. O projeto também prevê o uso da bioluminescência natural de organismos vivos como forma de iluminação da ecovila.
Apesar de ter idealizado o projeto utilizando o Rio de Janeiro como cenário, a ideia do arquiteto é que vilas assim sejam construídas em diversas cidades. As imagens-conceito apresentam arranha-céus flutuantes que foram inspirados na habilidade das águas vivas de suportar as mais difíceis ações da natureza. Segundo o arquiteto, as estruturas seriam construídas em espiral e seriam resistentes à pressão encontrada no fundo dos oceanos, terremotos e grandes tempestades. São construções que abrigariam escritórios, laboratórios, hotéis, escolas, fazendas e até mesmo áreas para a prática de esportes.
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