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Diamantes sintéticos podem ser feios em micro-ondas

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Neste momento, as probabilidades são de que um em cada quatro diamantes à venda em todo o mundo seja de sangue – ou seja, minado em uma zona de guerra e vendido para financiar conflitos armados e guerra civil. 

Quem viu o filme com Leonardo Di Caprio, apropriadamente chamado “Diamante de Sangue”, sabe do que estou falando. A história é mais real do que todos nós gostaríamos.

Para aqueles que querem ficar longe de tal mercadoria e não contribuir com este tipo de coisa, uma má notícia: está se tornando quase impossível descobrir a diferença entre um limpo e um sujo.

É por isso que o mercado de diamantes feitos em laboratório está um pouco lento, mas seguramente vai crescer, oferecendo uma opção mais barata, mais respeitadora do ambiente, e eticamente tão bonita quanto seu homólogo natural. Afinal, esse é o tipo de tradição que não compensa.


  • Boa ideia

De acordo com o Chaim Even-Zohar, da Tacy, uma empresa de consultoria de diamantes com sede em Israel, para um consumidor moderno, a origem do diamante (se ele foi garimpado ou artificialmente concebido) pouco importa. O importante é brilhar muito – né, não?

E, antes que você, um amante dessas maravilhosas pedras, pense algo de ruim dos diamantes artificiais, os especialistas garantes: estas imitações cultivadas em laboratório baratos, como zircônia cúbica, têm a mesma estrutura física e composição química de um diamante que foi colhido do chão.

  • Para deixar os olhos de qualquer um brilhando

O processo funciona através da colocação de um pequeno fragmento de diamante (chamado de semente de carbono) em um forno de micro-ondas (é isso mesmo, micro-ondas), juntamente com quantidades variáveis de um gás de carbono pesado. Para esta finalidade, o metano é o mais utilizado.

A mistura de gás, então, é aquecida a temperaturas muito altas para produzir uma bola de plasma. Dentro dela, o gás e os átomos de carbono cristalizam e acumulam-se sobre a semente de diamante, fazendo-a crescer.

O processo pode levar até 10 semanas para produzir um diamante comercializável, mas funciona tão bem que vale a pena – especialmente do ponto de vista mercadológico. Especialistas supostamente precisam de uma máquina para contar as gemas cultivadas em laboratório para comparar com pedras naturais provenientes de minas ou leitos de rios.

Até agora, os diamantes sintéticos correspondem a uma pequena fração de 80 bilhões de dólares do mercado mundial de diamantes, com a Bloomberg relatando que, em 2014, cerca de 360.000 quilates de diamantes cultivados em laboratório foram fabricados, enquanto cerca de 146 milhões de quilates de diamantes naturais foram minados.

  • A tendência é que esta diferença diminua

De acordo com os resultados de uma pesquisa recente, menos da metade dos consumidores norte-americanos com idade entre 18 e 35 anos preferem um diamante natural. Logo, a tendência é que o mercado de diamantes sintéticos cresça assustadoramente, muito em breve.

Estima-se que até 2026, o número de diamantes feitos em laboratório dispare para 20 milhões de quilates.

  • E os mineradores, como ficam?

Claro que as empresas de mineração não estão dispostas a entregar sua fatia do mercado assim de bandeja. De acordo com a Bloomberg, elas tiveram uma grande vitória contra os laboratórios em julho de 2015, quando a Organização Internacional de Normalização decidiu que suas gemas deveriam ser rotuladas com quer coisa que diga que tais pedras são “sintéticas”, “feitas em laboratório”. Me parece justo.

  • Expectativa

As empresas por trás dos diamantes naturais estão esperando que seus clientes continuem a ser vendidos pelo “romance” de se ter uma pedra feita pela natureza. Provavelmente, este vai se tornar o apelo de marketing para encarar a “mesmice” da produção em série dos laboratórios. Mas com etiquetas de preços com valores que correspondem à metade dos de diamantes naturais, imagino que será difícil de segurar.

De acordo com a Bloomberg, em uma joalheria de Nova York, um diamante sintético de 1 quilate pode custar cerca de 6 mil dólares. Já uma pedra natural de tamanho semelhante pode chegar a até 10 mil dólares, sendo que a primeira opção tem o benefício adicional de não ter questões éticas a respeito de sua produção.

  • Nasce uma nova indústria de diamante sintético

É o que acha Vishal Mehta, CEO da IIA Technologies em Cingapura, que é supostamente o mais prolífico produtor de diamantes sintéticos no mundo.

Para ele, os consumidores de hoje realmente são mais amigáveis à ideia de um diamante “sustentável” e livre de conflitos éticos.

E você, o que acha? Preferiria um diamante natural ou sintético?

Fonte



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