Enquanto a FIFA é investigada pelo FBI por corrupção e o mundo questiona seriamente a legitimidade dos anteriores e seguintes campeonatos mundiais (já que Rússia e Qatar teriam sido eleitos através de subornos) numerosos trabalhadores estão morrendo nas condições desumanas do projeto do Qatar 2022.
O caso é que o mesmo questionamento que está sendo feito ao Qatar sobre o clima e seu efeito nos jogos em relação a condição física dos jogadores pode ser feito a respeito da força trabalhista.
À impressão negra dos dirigentes da FIFA, investigados por lavagem de dinheiro e tráfico de influências, devem ser adicionadas as centenas de trabalhadores, majoritariamente imigrantes de diferentes partes da Ásia, que trabalham em condições precárias com temperaturas insuportáveis que morreram no Qatar construindo a infra-estrutura para um Mundial absurdo, ecologicamente aberrante e um delírio de dinheiro.
O Washington Post realizou este infográfico comparativo entre os diferentes torneios e o número de mortes nas construções. O número é simplesmente assustador.
A International Trade Union Confederation calcula que para 2022 terão morrido mais de 4 mil trabalhadores de maneira diretamente relacionada com a Copa do Mundo, isso é mil pessoas a mais do que as que morreram nos ataques de 11 de setembro.
Impávido a tudo isto, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, declarou que não pensa em renunciar pese à pressão de metade do mundo amante do futebol, e deve emendar um 5º mandato na Fifa já que foi reeleito hoje com 133 dos votos das 209 federações nacionais pertencentes ao quadro da Fifa.
A curiosidade do dia é que, um desses blogs sujos que recebem dinheiro do governo para espalhar a mentira e o caos, sabendo de antemão que deverão surgir nomes de políticos brasileiros nesta calhordice, lançou uma "conspiranoia" de que o interesse americano está unicamente em acabar com o mundial na Rússia. Aff!